sexta-feira, 16 de novembro de 2007

A "CAUSA MORTIS" DE JESUS

A causa "mortis" de Jesus segundo um parecer Médico

O Doutor Barbet, médico-cirurgião Francês e professor, e que por treze anos viveu em companhia de cadáveres e durante toda sua carreira estudou Anatomia, escreve sobre a morte de Jesus cuja agonia começou no Getsemani.O suar san­gue "hematidrose", é um fenômeno raro produzido sob condições excepcionais. Para provocá-lo é preciso fraqueza física acompanhada de abatimento moral vio­lento causado por violenta emoção e grande medo.

O terror e a angústia de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter produzido tal tensão ocasionando o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas. O sangue mistura-se ao suor e se concentra na pele e então escorre por todo o corpo; fato relatado num único evangelho cujo autor era médico (Lucas).

Após Jesus ser enviado a Pilatos, ter sido por este julgado e condenado, ini­cia-se a mais sangrenta e cruenta de suas flagelações.O flagelo era executado com tiras de couros sobre as quais eram feito nós nas pontas ou fixado pequenos pedaços de ossos ou chumbo. Os carrascos iniciam o ato; a pele se dilacera e se rompe, o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage num sobressalto de dor. As forças se esvaem, o suor frio desce pela face, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia numa poça de sangue.

Com longos espinhos, os algozes tecem uma espécie de capacete e o apli­cam sobre sua cabeça. Os espinhos penetram o couro cabeludo fazendo-o san­grar. Pilatos após mostrar este homem dilacerado à multidão, o entrega para ser crucificado.

É colocado sobre os ombros de Jesus o braço horizontal da cruz, com um peso de cerca de cinquenta quilos. A outra estaca vertical já está no calvário. Je­sus vai caminhando com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular cheio de pequenas pedras. O percurso é de cerca de seiscentos metros, Jesus fatigado arrasta um pé após outro e freqüentemente cai sobre os joelhos. Seus ombros estão cobertos de chagas e quando cai por terra a viga lhe escapa e escorrega pelo dorso esfolando-o.

Chegando ao Calvário os Soldados despojam-no de suas vestes, porém, sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz uma dor atroz - quem já tirou uma atadura de gases de uma ferida sabe que cada fio do tecido adere à carne viva. Ao tirarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas.Os carrascos dão um puxão violento e o sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, suas chagas se incrustam de pedregulhos, depositam-no sobre o braço horizontal da Cruz.

Os carrascos pegam um longo prego pontiagudo e quadrado, apóiam sobre o pulso de Jesus e com golpes de martelo o plantam e rebatem sobre a madeira. O rosto de Jesus se contrai assustadoramente. O nervo Mediano foi lesado, uma dor aguda se difunde pelos dedos e espalha-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, pois, é provocada uma Sin­cope, lesão dos grandes troncos nervosos, e faz perder a consciência, o que não ocorre com Jesus.

O nervo é destruído só em parte, a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego. Quando o corpo for suspenso pela Cruz, o nervo se esticará como uma corda de violino, e a cada movimento ou solavanco, vibrará desper­tando dores dilacerantes. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos pene­tram no crânio e a cabeça inclina-se para frente em razão da coroa ter um diâme­tro que impede de apoiar-se na madeira; pregam-lhe os pés.

Ao meio dia Jesus tem sede, pois não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo torna-se numa máscara de sangue, a garganta seca lhe queima, mas não pode engolir. Um soldado lhe estende numa ponta de uma vara uma esponja em­bebida numa bebida ácida.Um fenômeno ocorre no corpo de Jesus: os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando, os deltóides, os bíceps esticados são levantados, os dedos de curvam.

É semelhante a alguém ferido de tétano ao que os médicos c chamam de tetania, pois os sintomas se generalizam. A respiração vai se fazendo pouco mais curta, o ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar semelhante a um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco torna-se vermelho, transformando logo após num violeta purpúreo e, enfim, cianótico.

Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar. A fronte cheia de suor e os olhos saem fora da órbita. Lentamente com um esforço sobre humano, Ele toma um ponto de apoio sobre o prego nos pés, esforça-se a pequenos golpes e se eleva aliviando a tração dos braços. Os mús­culos do tórax se distendem, a respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.

Por que este esforço? Porque Ele queria falar. "Pai perdoa-lhes, pois não sa­bem o que fazem". Logo após o corpo começa a afrouxar-se de novo e a asfixia recomeça. Cada vez que quer falar,deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. A temperatura diminui: já são quase três horas de torturas e quase três da tarde.Todas as sus dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos lhe arrancam um lamento: "Deus meu, Deus meu, por que me desam­paraste? E por fim diz: “Está consumado”. E num grande brado diz: “Pai, nas tuas mãos Eu entrego o meu Espitrito e morre no meu e no seu lugar”.

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna."

João 3:16

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